A unidade siderúrgica que a Vale pretende instalar no município de Anchieta utilizará, no processo de resfriamento da usina, dois terços de água do mar. Além disso, 97,5% da água doce que entrará no processo de produção será reutilizada continuamente na Companhia Siderúrgica Ubu (CSU).
Esse projeto inovador prevê também o uso de água de chuva e a captação de somente um terço de necessidade de planta no rio da região.
Para se ter uma idéia da redução de impacto das novas tecnologias e do projeto de engenharia, a captação de água doce para o empreendimento não ultrapassará 10% da vazão mínima registrada em sete dias consecutivos, de uma média de dez em dez anos no rio Benvente.
O estudo sobre a bacia do Benevente, segundo Chiorboli, contempla a necessidade de água para fins industriais, agrícolas e residencias." O que constatamos é que a CSU não demandará mais do que 10% da vazão mínima de referência do rio".
Segundo Chiorboli, todos estes dados serão apresentados para os técnicos do Instituto Estadual do Meio Ambiente que já começaram a analisar o projeto de lincenciamento ambiental da usina. O uso da água do mar para o resfriamento da termelétrica, que gerará 1 milhão de MWh/ano, diminuirá a necessidade de água doce, segundo ele. Outro fator de economia de água é a limpeza a seco do alto-forno e da aciaria.
O projeto a CSU é a segunda tentativa de implatação de um siderúrgia em Ubu, município de Anchieta. A primeira,também encampada pela Vale, foi feita em parceiria com a estatal chinesa Baosteel em agosto de 2007 e foi abortada quando o órgão ambiental estadual apresentou o estudo inicial sobre o meio ambiente da região. O documento mostrou que local não dispunha de água doce suficiente para uma siderúrgica com capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de aço e que dobraria a capacidade em 2018. Além disso, Ubu não suportaria mais emissão de particulados.
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